Zika Vírus: Anormalidades oculares em recém-nascidos

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Zika Vírus: Anormalidades oculares em recém-nascidos

No ano de 2015 e até os dias atuais, tem-se identificado o aumento no número de casos de microcefalia. Esta malformação fora associada pelo Ministério da Saúde à transmissão vertical do Zika Vírus.

A publicação de Janeiro/Fevereiro da revista dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, traz um artigo que demonstra a presença de anormalidades oculares em recém-nascidos com microcefalia relacionada à Zika Vírus.

As principais anormalidades oculares encontradas estavam relacionadas à retina, 75% dos casos; e ao nervo óptico, 45% dos casos. É importante salientar que estas alterações tendem a causar um enorme prejuízo no desenvolvimento da visão, podendo levar até mesmo a cegueira. Foram realizados exames de diagnóstico diferencial com outras doenças que poderiam causar alterações oculares semelhantes às encontradas, porém, todas deram negativas.

As mães dos recém-nascidos não apresentaram sintomas de alteração ocular. Somente os sintomas tradicionais relacionados ao Zika Vírus, como mal-estar, rash e dor nas articulações.

Sendo assim, chega-se a conclusão de que o Zika Vírus, nos recém-nascidos, além das alterações neurológicas relacionadas a microcefalia, esteja causando, também, importantes alterações oftalmológicas em um número significativo de bebês avaliados.

Pesquisas futuras serão necessárias para avaliar novas alterações visuais em bebês e crianças com microcefalia.

Dr. Éber Dal Molin
Oftalmologista
CRM 19393